O CORDEL DO CORDEL
Sua História e seus Heróis
Autor: Merlânio Maia*
Permita me apresentar
Com meu verso tão fiel
Aos nobres pesquisadores
Com meu diploma e anel
Meu nome é Merlânio Maia
E este é o Cordel do Cordel
O que chamam de Cordel
Na Vera realidade
É a grande Literatura
Popular de qualidade
Folhetos vindos de longe
Das européias cidades
Já no século quatorze
Na Holanda, Portugal,
Espanha, França e Alemanha,
Toda Europa ocidental
Já havia estes folhetos
Em circulação normal
Músicos cavalheirescos,
Sedutores Menestréis,
Bardos que de vila em vila
Dessa arte tão fiéis
Cantavam esta bela arte
Dos folhetos de Cordéis
E então quando as Caravelas
Cruzaram o mar de anil
Em busca do Novo Mundo
Ali se introduziu
Literatura em folheto
A caminho do Brasil
Foi assim que a Pindorama
Nossa Nação adorada
Conheceu estes folhetos
Quando foi colonizada
Por levas de Trovadores
Cantando pelas estradas
Dos trovadores nasceram
Cantadores e Violeiros
Que andavam pelas vilas
E em casas de fazendeiros
Levando as informações
Por todo Brasil inteiro
Desde lá de Portugal
Todo folheto era exposto
Em barbante ou cordel
Bem dobrado e assim disposto
E assim ganhou este nome
Que o povo fala com gosto
Eram escritos em prosa
Até história menor
Em quadras metrificadas
Em redondilha maior
Sete silabas contadas
Dando um ritmo melhor
Na Espanha Pliegos Sueltos
De poesia popular
Portugal eram Cordéis
Que tinha em todo lugar
Aqui Folhetos de feira
Que até hoje pode achar
O tesouro do Cordel
Adentrou nas Caravelas
Atravessou sete mares
Tornando as vidas mais belas
Enfim chegou ao Brasil
Nação verde e amarela
Logo ao nascer da nação
O Cordel cantou seu hino
Acalentando no berço
O enorme país menino
Que nasceu bem no Nordeste
Pois Brasil é Nordestino
E assim neste berço esplêndido
O Cordel tem novo porte
Foi decantado em sextilhas
E na setilha tão forte
Por dois poetas gigantes
Paraibanos de sorte
Os dois que fizeram história:
Leandro Gomes de Barros
Criou mais de mil folhetos
Sem estanques, nem esparros
E viveu de fazer versos
Tantos que enchiam carros
* Para conhecer mais: http://culturapopular2.blogspot.com.br/2011/10/merlanio-maia.html#
Cordel na Escola Luiz Delfino
As turmas 1401 e 1402 estudaram e conheceram o cordel com um olhar sobre a arte popular, os alunos fizeram leituras de cordéis, como O barato da Barata - Chico Sales.**
A xilogravura é a arte de fazer gravura em madeira. No Brasil, principalmente na região Nordeste, a xilogravura é utilizada para ilustrar a literatura de cordel.
Os alunos experimentaram trabalhar com a xilogravura com a impressão no isopor e tinta.
Após este estudo sobre a literatura de cordel e xilogravura a turma percorreu a escola de turma em turma e falaram sobre o cordel e recitaram cordéis.
** mais conhecimento: http://www.chicosalles.com.br/

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