Escolas do Imperador

Escolas do Imperador

D. Pedro II

     Em 1870, termina a Guerra do Paraguai com a vitória da Tríplice Aliança, formada pelo Brasil, Argentina e Uruguai.

   No Brasil, o sentimento patriótico, logo despertou em alguns cidadãos eufóricos com a vitória, a ideia da construção de uma estátua equestre de D. Pedro II. O Imperador recusa a homenagem e sugere que os recursos para a construção da estátua sejam destinados à educação pública.

    Até então, as escolas públicas que existiam funcionavam em prédios alugados. O governo Imperial também subvencionava algumas escolas particulares. O próprio Imperador mantinha, por sua conta, duas escolas particulares: uma na Freguesia de Santa Cruz e outra na Quinta da Boa Vista.

    Nesse mesmo ano, como resultado da atitude de D. Pedro II, surgem as "Escolas do Imperador", estabelecidas em prédios próprios, no Município Neutro ou da Corte, para a Instrução Primária de Meninas e Meninos.

    Em 07 de setembro de 1870, o Imperador lança a pedra fundamental da primeira delas, a Escola da Freguesia de Sant'Anna ( Escola de São Sebastião), inaugurada em 04 de agosto de 1872. Sua construção foi uma iniciativa da Câmera Municipal da Corte e usou recursos dos cofres municipais. A partir daí, através da associação de verbas públicas com capitais particulares, ou através de subscrições públicas, outras escolas foram surgindo. Dessa forma, começa a ser formada a rede de Escolas Públicas da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.

    Hoje, os prédios que sobreviveram ao processo de demolição sofrido pela cidade em sua modernização são os que abrigam: o Colégio Estadual Amaro Cavalcanti, a Escola Municipal Gonçalves Dias, a Escola Municipal Luiz Delfino, o Centro Cultural José Bonifácio e o Centro de Referência da Educação pública da Cidade do Rio de Janeiro.

Em seu diário escreveria D. Pedro II:

" Se não fosse imperador do Brasil quisera ser mestre-escola"

-Scwarcz, Lilia Moritz, As Barbas di Imperador, Companhia das Letras, 2002.



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